Hoje, um poema de Carlos Pena Filho (1929-1960). Apesar de ter morrido muito jovem, aos 31 anos, vítima de um acidente automobilístico, o poeta tem lugar garantido no nosso panteão. Se estivesse vivo, poderíamos comemorar o aniversário juntos: em 27 de maio ele faria 83 anos, enquanto eu, espero, farei 36. Dele, um belo poema:
Primeiro poema no vazio
Buscava tudo o que havia
de nunca mais encontrar
em sua face macia
em seu leve caminhar,
nas rotas claras do dia
nos verdes sulcos do mar
e de tudo quanto havia
de nunca mais encontrar
restou a forma vazia
suspensa no seu olhar
e a tênue melancolia
de quem não se soube achar
nas rotas claras do dia
nos verdes sulcos do mar.Um abraço a todos, até a próxima semana.