segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Caros amigos,

Hoje, um poema de Carlos Pena Filho (1929-1960). Apesar de ter morrido muito jovem, aos 31 anos, vítima de um acidente automobilístico, o poeta tem lugar garantido no nosso panteão. Se estivesse vivo, poderíamos comemorar o aniversário juntos: em 27 de maio ele faria 83 anos, enquanto eu, espero, farei 36. Dele, um belo poema:


Primeiro poema no vazio

Buscava tudo o que havia
de nunca mais encontrar
em sua face macia
em seu leve caminhar,
nas rotas claras do dia
nos verdes sulcos do mar
e de tudo quanto havia
de nunca mais encontrar
restou a forma vazia
suspensa no seu olhar
e a tênue melancolia
de quem não se soube achar
nas rotas claras do dia
nos verdes sulcos do mar.



Um abraço a todos, até a próxima semana.

3 comentários:

  1. Dema, ainda não tinha lido nada de Carlos Pena Filho. O primeiro poema dele (e que poema!) que li foi este que você postou. Belíssimo. Vou procurar ler mais da poesia desse grande poeta, com urgência. Obrigada pela dica. Um grande abraço.

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  2. Que bom Lidi, que você gostou do poema e do poeta! A ideia do blog é mesmo essa: falar de nossos poetas, pra gente ficar cada vez mais próximos dele. Um abraço,
    Id

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  3. Conheci esse poema no livro do Loyola, O Ganhador. Li tantas vezes que decorei.

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